O meu País...

Posted by RedRum | Posted in | Posted on 18:46

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(Foi um texto que escrevi há uns tempos. Pode parecer um pouco desactualizado, mas vale o que vale. O que cada um quiser.)


Tendo em atenção os acontecimentos relacionados com o caso do video de Maité Proença, em que ela, segundo as nossas frentes, desrespeita o nosso património e, acima de tudo, o nosso país, senti a necessidade de, como Português e cidadão de Portugal, analisar este caricato acontecimento. Certamente muitos outros já o fizeram, uns de uma forma mais racional e outros de forma mais emotiva, mas certamente este tema já deu, na sempre actual gíria portuguesa, “pano pa mangas!”

Mas, no meu caso, vou tentar abordar o assunto de uma forma mais Cristã. Obviamente que não seria, nem sou, a pessoa mais indicada para o fazer, pois o meu percurso de vida cristã pouco mais de um ano tem, dos vinte que hoje tenho de vida. Mas esta ousadia não deixa de ser perfeitamente justificável: Venho apercebendo-me que os jovens da minha geração começam a ter agora um sentido de responsabilidade maior perante a vida (não está aqui em causa se assumem essa responsabilidade ou não). A consciência que tomamos do percurso da vida que Deus quer para nós começa a avultar-se e, por consequência, também a forma como abordamos esse mesmo percurso. As provações aumentam, mas com elas também a nossa capacidade de discernir sobre o que está certo aos olhos de Deus, logo, na nossa vida também.

Como tal, e partindo do principio que somos jovens cidadãos preocupados com a nossa sociedade e com o legado que deixamos às futuras gerações, encontramo-nos numa fase em que somos bastante sensíveis às situações de ordem política, ordem social e, essencialmente no “nosso” caso, ordem religiosa. Poder-se-ia dizer que às vezes somos um pouco “extremistas”, derivado da nossa preexistente “raiva adolescente”, e defendemos a nossa opinião de tal maneira que nos esquecemos de ouvir a dos outros. E muitas vezes desconhecendo todas as pontas das situações que debatemos, argumentamos e discutimos, acabando mesmo por perdermos a razão toda. Mas não vou entrar por aí, tanto porque todos temos de começar por algum lado e se não aprendemos a comunicar, nunca teremos a oportunidade de aprender com os nossos erros.

No meu caso particular, somando a estes factores acima referidos, tenho também sido abraçado por uma série de valores novos transmitidos pela Palavra de Deus que em muito têm alterado a minha forma de ser e a forma de ver o “meu” mundo. E ao deparar-me com esta profunda alteração, nesta particular fase da minha vida, tenho, curiosamente, começado a analisar estes temas sociais correntes de uma forma diferente e, principalmente, com outra disponibilidade mental.

Tendo agido em defesa da minha tese nos parágrafos acima, sinto-me agora em condições de finalmente expor aquilo que há muito me perturba e que agora escrevo.

Antes de mais nada, quero assumir que também não gostei do video “engraçado” que Maité Proença fez em Portugal, sobre Portugal. Mas mais do que o video, não gostei especialmente das reacções divertidíssimas das quatro ou cinco quarentonas que estavam para ali, a rir-se não sei bem do quê. Curiosamente, de todas elas, somente reparei numa que não se rira tanto. Uma que, coitada, tinha um ar de quem não queria compactuar com aquele exercício de humor de mini-saia. Talvez por perceber que aquilo ia acabar por arranjar conflito.

Mas mais do que um sentimento de desilusão em relação ao próprio video e raiva (descabida) à própria Maité, o que senti foi uma oportunidade para analisar o comportamento português, não só face reacção a esta situação, mas como em (quase) todas as situações de humilhação com que nos deparamos. E para analisar o comportamento e atitude gerais dos portugueses, partindo deste video, é preciso dividir e, por fim, resumir esta situação particular em duas questões:

“Porque razão é Portugal gozado num video?”; e

“Porquê esta reacção tão eufórica à situação?”.

As respostas a estas perguntas, tendo sempre em voga a presença dos valores Cristãos, serão, na minha opinião, mais convergentes do que se espera e levar-nos-ão um problema comum muito mais universal do que a nossa “pequena” realidade Portuguesa.

Perdoem-me o salto que vou dar na ordem coerente da exposição de ideias, mas por agora vou fazer uma pequena análise ao comportamento português ao longo dos tempos e através dele, retomarei a questão do video de Maité e as duas perguntas que ficaram no ar.


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É costume dos críticos, intelectuais, cronistas, analisar a nossa sociedade como uma sociedade “Pessimista”, muito devido à nossa história recente, principalmente no século passado, em que uma série de maus acontecimentos moldaram esta nossa forma de ser. Pois, muito sinceramente, eu não acho que sejamos pessimistas, eu acho que somos na realidade frustrados. Para se ser pessimista é necessário ter-se falta de esperança de que determinada situação mude para nosso favor. De que uma solução para os nossos problemas apareça para os resolver. A realidade é muito mais grave que isso. A verdade é que nós temos a solução à nossa frente e estamos plenamente conscientes dela. Os meios físicos para ultrapassar esses mesmos problemas estão ao nosso alcance. O nosso verdadeiro problema é a questão dos valores da nossa sociedade. A nossa sociedade é uma sociedade frustrada e não queremos assumir isso, pior, qualquer indicio de que essa frustração possa ser analisada por terceiros é logo motivo de escândalo. O que nós não percebemos é que o primeiro passo para melhorar, há que assumir sem medo aquilo que somos e as falhas que possuímos.

É curioso como as repostas às nossas dúvidas existencialistas apareçam da forma mais estranha e, porque não, curiosa possível. Há muito tempo dei de caras com um artigo escrito no jornal Metro por Fernando Alvim, sim, aquele comediante “desmiolado” que apresentava o 5 Para a Meia-Noite. Nunca fui grande apreciador desses jornais, preferindo sempre um bom livro ou o meu Ipod como companhia, mas o que é facto é que ganhei um carinho especial por este artigo e, consequentemente, alguma esperança neste tipo de Imprensa gratuita. Diz o seguinte:

“Não há país no mundo onde tantas pessoas saibam com tamanha certeza o que vai acontecer a seguir. Aposto que neste momento, muitas pessoas que estão a ler este texto já adivinharam como é que ele irá acabar e só assim se compreende que o abandonem logo aqui. Daí que não seja de estranhar que tantas pessoas abandonem a meio de um filme ou uma peça de teatro ou um concerto ou - muito em particular - uma relação. Precisamente, porque já sabem o que vai acontecer a seguir. E, normalmente, não será coisa boa.

Em Portugal adivinha-se muito quando as coisas correm mal, mas adivinhar - que pressupõe acertar com vidente precisão o que vai acontecer - é um notável exercício que aqui se pratica, precisamente, depois de ter acontecido. E é um fenómeno muitíssimo curioso, sobretudo porque quem já sabe o que vai acontecer muito raramente faz alguma coisa para impedir que isso aconteça, porque com franqueza, na verdade, o que se queria dizer é que algo pode acontecer e não - que vai acontecer mesmo. Até porque em Portugal não há nada que tenha acontecido mesmo. Há coisas que acontecem e pronto. Tal e qual como um jogo em que o Benfica ganha por um expressivo 4-0 e que não impede a mesmíssima formação de, uma semana depois, levar na pá com indelével firmeza no campo do vila-condense ou coisa assim. Num caso ou outro, aconteceu e não há muito mais a fazer.

E assim crescemos a ver os nossos pais a dizerem-nos: “Olha que tu vais cair, olha que vais-te aleijar!” E acontecendo essa inevitabilidade: “Eu não te disse! Eu sabia que isto ia acontecer!” - partindo um simples copo de mesa - “Eu tinha-te dito, eu tinha-te dito!” O carro assaltado à porta de casa: “Eu tinha avisado!” As acções caíram em flecha: “O que é que eu tinha dito? O que é que eu tinha dito?” O clube marca: “Eu tinha a certeza, tinha a certeza!” E, em situação de acidente, o lendário e imortal: “Eu já sabia que isto ia acontecer!”

E então se sabia, por que é que não fez nada para o impedir?

Porque, mesmo sabendo antes, o português gosta de fazer para depois tentar impedir o que já foi feito! O português gosta primeiro de fazer e depois logo se vê. Primeiro faz-se (isso é que é o mais importante). E agora, agora com tudo pronto, agora sim, vamos lá ver se isto está bem feito ou não. Daí que se construam primeiro os estádios e só depois se perceba a sua viabilidade, daí que se gastem milhões de promoção ao nosso próprio país, onde? No nosso próprio país, claro está! Possivelmente para lembrar ao turista: “Não, não está enganado” mas sobretudo para lembrar aos portugueses que foi este o país que nos aconteceu. Mesmo. E não há nada a fazer.”


Eu não o teria posto de melhor forma! Tenho o artigo recortado e pendurado na parede do meu quarto para me relembrar sempre do meu país. Não me entendam mal, eu Amo o país onde nasci! Mas é mesmo por amá-lo, que tenho de dizer aquilo que sinto sobre ele!

É um facto que temos origens humildes, com um feitio bastante “deixa andar, veremos o que acontece” que não ajuda nada no nosso progresso. Mas por outro lado, possuímos uma nova geração (em que eu me incluo) que renega, despreza e critica essas origens! Pior, tem vergonha dela! Uma geração sedenta do mundo e das suas oportunidades, a quem as fronteiras foram abertas e todas as suas ofertas engolidas sem sequer mastigar. E esta nova maneira de pensar trouxe um conflito entre gerações que ultrapassa o batido conceito universal “conflito entre gerações” por si. Também é isso, sim, mas no nosso caso há uma negação enorme às nossas raízes e uma abertura a coisas que nem sempre são o melhor espelho da boa conduta e do bem estar social. Mas esquecemo-nos que nem uma conduta nem outra são boas, aliás são ridiculas e têm mais em comum do que se seria de esperar!

De um lado, possuímos aquela ideia típica do português bonacheirão (a modos que D. Carlos) com os pés para o ar a dormir a sesta depois de um bom cozido à portuguesa ao almoço. Que só se lembra de acordar quando há futebol na televisão ou uma mulher melhor do que a que tem em casa aparece despida pela televisão adentro. Uma geração que cresceu num meio onde foram ensinados a serem retraidos na ambição e a contentarem-se com pouco. Perfeitamente legitimo, dadas as circunstancias pré 25 de Abril.

Por outro, temos esta nova faixa etária dos 10(!) aos 30 que cresceu com toda uma panóplia de conteúdos televisivos, morais e sociais fornecidos pela incubadora do Consumimo e Capitalismo mundial que são os Estados Unidos da América. Uma juventude que aos 10 anos ja possui mais do que um telemóvel, que aos 12 ja perderam a virgindade e que pensam que fumar é um acto social de bastante prestigio. Uma geração para quem a política ou a mera preocupação com o nosso futuro é tão insignificante, dado que isso não traz qualquer prazer imediato como o sexo desapaixonado e só traz dores de cabeça.

Ou seja, passámos de uma sociedade retraída para uma sociedade assumidamente burra!

Voltando agora um pouco à situação da Maité Proença, e relacionando-o com o que acabei de dizer, refaço a pergunta: Porquê esta reacção tão eufórica à situação?

Sejamos das gerações que sejamos, o que é facto é que nos estamos completamente borrifando para o nosso País. Facto! E não vale a pena virem com reacções iradas, como aquelas que tivemos com a Maité, porque isso foi somente o assumir que a carapuça nos serve e o que ela nos disse até tem razão de ser! Se nada tivéssemos para nos ofender, ter-nos-íamos retaliado com um grande riso e gozado da situação, que quem acabaria mal seria ela.

Mas não.

Sem o suspeitarmos, demos-lhe toda a razão com o video por ela feito!

Não nos apercebemos que o maior mal deste país está em nós! na nossa falta de iniciativa, na Fé que depositamos em “heróis” como Cristianos Ronaldos, apenas porque as namoradas dele tem Copa D+ e bronzeado de solário! É grotesca a maneira como estamos a perder o nosso tempo a fazer quintinhas no Farmville enquanto, se não o mundo inteiro, pelo menos o nosso país precisa de nós! Como é preferível fazer sexo com desconhecidos em vez de procurar o Amor verdadeiro! Da mesma maneira que é assustador ver a apatia, preguiça e a inconsciência de que está tudo bem, visto pelos olhos da maioria das gerações anteriores.

Com esta maneira de ser, nunca iremos a lado nenhum, o nosso País nunca andará para a frente enquanto não tomar-mos consciência daquilo que somos. Porque esta nova geração tem medo de reconhecer as suas falhas e refugia-se neste consumo Fast-Food que o mundo oferece e não quer pensar a longo prazo. Têm medo!

O nosso País precisa urgentemente de nós! Precisa de acordar, reconhecer as suas falhas e começar a construir algo concreto e bonito para o nosso futuro!


Se não, vídeos como os da Maité Proença continuarão a surgir. E as nossas birras e reacções continuarão a ser ridículas e infundadas...

A propósito de Shutter Island...

Posted by RedRum | Posted in | Posted on 17:20

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Fica aqui uma das músicas do filme, que simplesmente não me canso de ouvir...

Descer a Toca do Coelho...

Posted by RedRum | Posted in | Posted on 19:21

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SHUTTER ISLAND de MARTIN SCORSESE

Li um dia, um texto escrito por Jorge Paixão da Costa, na revista Premiere, em que este falava de Memória Cinematográfica como um daqueles momentos em que tudo num filme se conjuga a nosso favor: personagens, história, câmara, e que no fim nos deixa com um sentimento de plenitude e satisfação profunda. Pelo menos foi isso que eu me foi dado a entender.

E começo este Post com esta referência porque no final do visionamento de Shutter Island, veio-me logo à cabeça este texto e de como, de repente, todo ele fazia sentido neste filme. Mas quanto a louvores, já lá vamos...

Este filme conta a a história de dois U.S. Marshalls que viajam a um Hospital Psiquiátrico, instalado numa ilha, para investigar o desaparecimento de uma paciente. Mas nem tudo é o que aparenta ser e desde cedo, Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio), sente que segredos lhes estão a ser mantidos e a sua investigação propositadamente dificultada. E o filme cresce...

Scorsese recebeu este projecto das mãos de DiCaprio, numa altura em que desejava fazer um documentário sobre o Cinema de Terror e, como tal, não podia ter vindo em melhor altura. Quando se alia a mestria no engenho com a motivação interior, o resultado não pode cair abaixo de fantástico. E fantástico é tudo o que se pode dizer deste filme.

Scorsese é o estudante de cinema que todos nós cinéfilos e/ou cineastas, gostávamos de ser. Alguém com uma cultura vastíssima, derivada de anos de prática e, sobretudo, de muitos filmes na na bagagem. Mais os vistos que os feitos. E são vários os momentos visiveis dessa cultura.

Na cena em que os dois Marshalls são conduzidos até aos portões do Hospital, Scorsese coloca-nos ao som de Sinfonia No. 3: Passacaglia - Allegro Moderato” de Krzysztof Penderecki, criando em nós uma tensão enorme. Tensão essa em que só falta os actores representarem com aquele over-acting típico do cinema de terror antigo. Mas é aqui que Scorsese nos tira o tapete, porque, realmente, a tensão não é sentida pelos personagens, criando aqui o efeito de um falso clímax.

O que vemos então aqui é uma homenagem ao cinema de Terror de Jacques Tourneur e a todo um género que muitas vezes foi tido como menor na História do Cinema (leia-se “Série-B”).

A Iluminação deste filme é algo de extraordinário, fazendo jus à propositada homenagem de Scorsese ao Gótico, fazendo grandes contrastes de Luz e sombra e com clarões de luz muitas vezes deliberadamente exagerados, mas de uma elegância, mais uma vez, extraordinária.



Como jovem que sou, não consigo deixar de criar uma relação entre este filme com aquilo que considero ser as minhas inspirações. Mas o que é facto é que, e aqui corro o risco de ofender os puristas, considero que Scorsese conseguiu criar a ponte entre os clássicos de terror e o terror proporcionado pelas novas plataformas. Falo dos videojogos. Principalmente nas cenas de sonho de Teddy, todo o ambiente visual e sonoro lembrou logo um casamento entre esses filmes clássicos e jogos de terror psicológico como Silent Hill.

Toda a atmosfera de demência e insanidade, filmada com aquela elegância e montada com todos os timings certos, fez-me saltar de alegria. Finalmente alguém conseguiu desviar-se dos clichés e fazer um terror dramático como deve ser. Dá vontade de pedir a Scorsese para continuar a investir neste género, explorando-o ainda mais.

Muito mais se podia dizer deste filme, desde as intermináveis referências cinéfilas, às excelentes interpretações de todo o leque de actores conseguiu reunir, mesmo para pequenos papeis. Referencia especial para o actor Ted Levine, que pouco mais de 2 minutos de screening tem neste filme, mas do qual nunca me hei de esquecer pelo seu papel do Serial-Killer travesti Bufalo Bill em O Silencio dos Inocentes (um dos piores momentos da Academia de Hollywood, ao nem sequer nomeá-lo por este papel).

Alguns sectores críticos têm recebido este filme com alguma relutância, apelidando-o de “estranho” na filmografia de Scorsese. Pois, para mim, após uma década a fazer filmes para os Óscares: Gangues de Nova Iorque, O Aviador e The Departed – Entre Inimigos (não está posta em causa a real qualidade dos filmes), saúdo um filme que, mais do que ser um excelente filme de Scorsese, foi um filme que me fez esquecer que estava a assistir a um filme da sua autoria. Pela história fascinante, uma fotografia aterradora, uma excelente montagem e, acima de tudo, pela verdadeira Mão de Mestre, pela segurança com que filma, sabendo exactamente aquilo que quer fazer e sabe-lo exactamente com o fazer. E é aqui que reside a sua verdadeira magia. Este é o filme que Cape Fear, também de Scorsese, não conseguiu ser. Por todas as razões acima descritas. E não haverá 3-D que baterá esta mestria em Cinema!

É como o vinho do Porto. Daqui a uns anos veremos a verdadeira magnitude e qualidade do filme reconhecida, quando de facto ela sempre esteve lá. E é destas memórias cinematográficas que vale a pena viver.

Bravo Scorsese!


Alice: But I don't want to go among mad people.

Gato: Oh, you can't help that. We're all mad here. I'm mad. You're mad.
Alice: How do you know I'm mad?

Gato: You must be. Or you wouldn't have come here...

Alice no País das Maravilhas, Lewis Caroll.

"One Take Wonder" - Part I

Posted by RedRum | Posted in | Posted on 17:48

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E era só isto que faltava...
Sempre que começo um projecto ou algo a longo prazo, gosto sempre de marcar esse momento com algo profundo, que deixe aquela reacção do sobreolho levantado e aquela reacção: "Boa!". E Sempre tive a mania de escrever uns textos algo ambíguos, numa pose defensiva daquele género "Nem eu dava tanto por mim...", na esperança de abafar o leitor de modo a poder tirar-lhe logo o tapete e terminar com uma mensagem estrondosa para que todos ficassem com uma boa ideia da minha pessoa.

Pois bem, esta falsidade e soberba da minha parte já há uns tempos que me vem cansando e preciso de um sitio onde possa escrever à vontade.
E aí chegamos à concepção/criação deste blogue.

Não sei o que escreverei aqui nem a direcção que este blogue tomará. Apenas sei que será feito com toda a honestidade.

E com isto fica por aqui esta introdução. Não me apetece encher chouriços

Agora é deixar o filme correr e ver como se desenrola esta história...


(Fica a referência de que o titulo deste Post foi gentilmente cedido pelo engenho e espirito do Grande João Nunes!)